sábado, 3 de outubro de 2009

Grande Partida da Infância

No meio da rua
Num velho bairro da periferia
Terá uma grande partida
Onde o grande é pequeno

Em pleno sábado quente
Chegaram sem hora marcada
Os rostos dos jogadores são como uniformes
Depois de ímpar e par e após disso a bola já é rolada

Onde tem bola velha e murcha
Ou bola de tênis suja
Ou até lata de cerveja amassada do papai
Que é a bola do jogo

O par de tênis que fica entre gols como trave do gol
Chinelos velhos que ficam nas mãos como luva do goleiro
Sem limites dos números de jogadores
Tem permissão de jogar sem ou com tênis

Os olhos dos jogadores fixam na bola
Esquecem a placa do jogo
Até esquecem o dever de casa
Até esquecem o almoço

Os ruins vão para o gol
Os bons só atrás da bola
Raramente terá substituições
Todos os jogadores são juízes

O jogo pode ser interrompido
Quando o Fusca ou a Brasília passarem na rua
Também quando a bola cair no quintal da vizinhança
Após isso, resgatam uma bola e normalmente o jogo volta

O jogo nunca vai terminar, até anoitecer
Ou até quebrar um vidro da vizinhança
Ou até a tempestade
Ou até a mãe do dono da bola chamar para ficar de castigo

Assim o jogo termina!

Felipe Lima

O Apanhador de Desperdícios


Uso a palavra para compor meus silêncios.
Não gosto das palavras
fatigadas de informar.
Dou mais respeito
às que vivem de barriga no chão
tipo água, pedra, sapo.
Entendo bem o sotaque das águas.
Dou respeito às coisas desimportantes e aos seres desimportantes.
Prezo insetos mais que aviões.
Prezo a velocidade
das tartarugas mais que a dos mísseis.
Tenho em mim esse atraso de nascença.
Eu fui aparelhado
para gostar de passarinhos.
Tenho abundância de ser feliz por isso.
Meu quintal é maior do que o mundo.
Sou um apanhador de desperdícios:
Amo os restos,
como as boas moscas.
Queria que a minha voz tivesse um formato de canto.
Porque eu não sou da informática:
eu sou da invencionática.
Só uso a palavra para compor meus silêncios.



Manoel de Barros

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

O Pequeno Pensador

Há muito tempo atrás, pensava que milhares de cérebro no mundo era igual o meu cérebro então e comecei caçar os segredo quando eu era pequeno nos anos 90.

Morava uma casa no bem baixo da rua, assim posso passar na cima do teto da casa antiga, ainda melhor, as casas dos meus vizinhos não eram tão alto, assim o sol dá para aquecer em cima.

Eu sempre sento no muro onde divida a rua e meu quintal apenas olhando o sol descendo.

A simples pergunta que meteu na minha cabeça: Como o Sol voltar a aparecer no outro dia? e a noite?

Não sabia que devo perguntar para minha mãe, pai ou professora porque não quero perguntar mesmo.

Assim apareceram muitas teorias por nada.

Era assim:

Quando o Sol desaparece, vira a noite, assim todo mundo dormia, assim ninguém sabe que vai acontecer na noite, o sol já saberá que ninguém está vigiando o sol, assim ele suba com toda velocidade e depois todo mundo acorda e vendo o sol descendo de novo.

No outro dia, fiz mesma situação, vigiando o sol, como estou preste a virar o maior pesquisador do mundo.

Então, durante a vigia, minha teoria mudou completamente:

Existe milhões, bilhões e trilhões sóis passando pela Terra, assim achei que esse é mais verdadeiro do que um Sol desce devagarzinho e sobe rápido. Depois disso escolhi a segunda teoria como “teoria correta”.

Assim alguns dias, sento no muro ás vezes sento na escada para ficar apenas vigiando o sol, não consegui ficar ai lugar até o sol dorme porque sempre esqueço que estou fazendo ai faço outras coisas que anima o meu dia.

Sem sucesso como sempre, o motivo para isso é apenas descobrir como o sol aparece, nunca passei na madurada acordado, nem um segundo.

A minha teoria sobre sol não é única, a outra teoria é a resposta sobre o motivo de estamos bem baixo do planeta Terra.

É porque no dentro da Terra tem uma coisa que é “imã” e a gente é como “metal”, assim a gente pode andar bem baixo da Terra.

Ninguém sabe as minhas teorias, porque não contei a ninguém, ainda mais, não sabia que era necessário contar os segredos da natureza para as pessoas, mas me sinto feliz por tinha descobrindo com a boca fechada isso é melhor do que gritar como um cientista maluco.

Hoje, me sinto orgulho por conseguiu caçar esse segredo sobre gravidade da terra, que pena o Isaac Newton descobriu primeiro há séculos atrás, imagina se ele não existe?

Que pena tem um grande erro sobre o Sol nem cheguei perto.
Eu tinha pensando inventar um novo esporte que é parecido o futebol, na minha mente era assim:

Os jogadores não podem chutar a bola com o pé e sim as mãos, o goleiro segue a mesma regra do futebol, é tão fácil pensar assim.

Que pena esse esporte existe: Handebol.

Se não foi inventando esse esporte, esse tal de gravidade, eu podia inventando tudo, podia ser o novo Leonardo da Vinci...

Nunca esqueço a minha primeira madurada, no final da década 90, na nova casa.
Eu estava jogando o meu videogame Super Nintendo, nunca me canso esse jogo bacana do Super Mario World, quando eu estava jogando, esqueço tudo, até quem sou eu.

Muitas horas passam desde quando minha mãe me beijou e dizendo boa noite.

Nunca reparei nada, porque não sabia ler a hora com porteiro, apenas digital, mas que pena não tinha um digital na minha sala nos anos 90.

No durante o jogo, eu sentando no gigante tapete estilo árabe (acho que foi fabricado no Brasil), lado tinha uma janela sem cortiço, a cor na fora da janela sempre era preto como a noite e árvore escura, mas aconteceu, ficou azulado e dá para ver a árvore clara, isso me sobressaltou, pensava que isso é o fim do mundo como falaram, apertei o botão onde diz “PAUSE” no meu controle e levantei para ver melhor que tem ai fora da janela.

Vi os céus, que estava mais azul, pensei um pouco para saber se isso é normal, ai isso lembrou que eu estava pesquisando sobre o sol uns anos atrás.

Foi maior “descoberta” da minha vida.

Depois passando vários minutos na frente da janela, para ver como o sol nasce, depois isso, desliguei o videogame e fui ao quarto para dormir, porque estava sono claro, demorou muito para dormir porque estava tão feliz com essa descoberta.